270 anos de nascimento de Leandro Bezerra Monteiro – Um homem cordial e sereno – por Armando Lopes Rafael
"... a relevar o nome do mais ilustre dos cratenses, o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, o nume tutelar dos Bezerra de Menezes do Cariri. Ele se tornou grande, primus inter pares, pela retidão de caráter, pela nobreza de sentimentos, pela vida exemplar de que era dotado. Homem de Deus, espírito límpido e transparente, franco, sincero, leal. A par de sua honestidade, corriam parelhas a prudência, o equilíbrio e o bom senso."
(Monsenhor Francisco Holanda Montenegro, in "As quatro sergipanas". Edição da Universidade Federal do Ceará, Coleção Alagadiço Novo. Fortaleza, 1996. p.62)
Leandro Bezerra Monteiro, nasceu no engenho Muquém, zona rural do município de Crato, Estado do Ceará, no dia 5 de dezembro de 1740. Este ano comemora-se, pois, 270 anos do seu nascimento. Ele passou a história pelo fato de ter debelado a Revolução Pernambucana de 1817, no Cariri, sem a necessidade de ter disparado um único tiro. Já se disse que “Querendo ou não, todos estamos a escrever as nossas biografias. E no dia do juízo, o volume será aberto e lido”.
"... a relevar o nome do mais ilustre dos cratenses, o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, o nume tutelar dos Bezerra de Menezes do Cariri. Ele se tornou grande, primus inter pares, pela retidão de caráter, pela nobreza de sentimentos, pela vida exemplar de que era dotado. Homem de Deus, espírito límpido e transparente, franco, sincero, leal. A par de sua honestidade, corriam parelhas a prudência, o equilíbrio e o bom senso."
(Monsenhor Francisco Holanda Montenegro, in "As quatro sergipanas". Edição da Universidade Federal do Ceará, Coleção Alagadiço Novo. Fortaleza, 1996. p.62)
Leandro Bezerra Monteiro, nasceu no engenho Muquém, zona rural do município de Crato, Estado do Ceará, no dia 5 de dezembro de 1740. Este ano comemora-se, pois, 270 anos do seu nascimento. Ele passou a história pelo fato de ter debelado a Revolução Pernambucana de 1817, no Cariri, sem a necessidade de ter disparado um único tiro. Já se disse que “Querendo ou não, todos estamos a escrever as nossas biografias. E no dia do juízo, o volume será aberto e lido”.
Da biografia do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro ficou como um legado onde se sobressai, dentre outras qualidades, a serenidade e benquerença. Se ele pegou em armas contra os liberais revolucionários, o fez unicamente por coerência aos princípios católicos e monárquicos inerentes a sua personalidade. Apenas cumpriu o que julgava ser seu dever e, em nenhum momento, após a vitória se arrogou de julgador dos implicados na revolução de 1817 no Crato. Manuseando compêndios de História concluímos: a única participação do velho Brigadeiro, imediatamente após a vitória da contra-revolução, foi assistir – sem ódio e sem espírito de revanche – juntamente com outros convidados, a uma sessão da Câmara do Crato. Voltou em seguida às suas atividades de proprietário rural, deixando às autoridades a punição aos revoltosos.
Dentre suas várias propriedades rurais o Brigadeiro escolheu uma delas para viver seus últimos dias. Era a Fazenda Tabuleiro Grande, origem da atual cidade de Juazeiro do Norte. Ali, em 15 de setembro de 1827, ele lançou a pedra fundamental da capelinha de Nossa Senhora das Dores, que ao longo do tempo foi transformada hoje na Basílica Menor ligada ao Vaticano. Pelos frutos se conhecem as árvores. Na Fazenda Tabuleiro Grande morreu e ali foi sepultado o Brigadeiro Leandro. Lá, em algum lugar desconhecido, dormem o sono da paz, à espera da ressurreição final, os venerandos restos mortais do grande Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, que foi, sobretudo, um homem cordial e sereno...
Texto de Armando Lopes Rafael
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