“O PMDB adiou a oficialização do nome do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como candidato a vice na chapa da petista Dilma Rousseff e a divulgação das propostas para um programa de governo, eventos que estavam marcados para o próximo dia 15. A mudança de data tem como objetivo não entregar ao PT a aliança nacional sem antes receber em troca apoios em Estados como Minas, Ceará e Pará.
Além disso, havia o temor de que os diretórios em atrito com o PT -sete, nas contas do PMDB- pudessem não comparecer ou causar constrangimentos no encontro, que tinha o objetivo de reunir deputados, prefeitos e vereadores peemedebistas de todo o país. O partido decidiu passar o evento para a convenção partidária oficial, no dia 12 de junho, um dia antes da convenção petista que vai oficializar Dilma como candidata.
A Folha apurou que o PMDB considera resolvida a situação em Minas, onde o PT, por pressão do presidente Lula, deve apoiar o ex-ministro Hélio Costa na disputa pelo governo. Hoje Costa se reúne com Fernando Pimentel, o pré candidato do PT em Minas.
A dúvida segue, porém, no Ceará, onde Eunício de Oliveira (PMDB) não quer o petista José Pimentel na sua chapa ao Senado. E no Pará, onde o deputado Jader Barbalho (PMDB) não se acertou com a candidata à reeleição, Ana Júlia Carepa (PT).
Ontem, Temer jantou a sós com Dilma, na casa da petista, em Brasília. Na saída, Temer confirmou o adiamento do encontro afirmando que o o partido precisa “chegar à convenção com muita tranquilidade em relação à aliança” e que ele e Dilma “terão que fazer um esforço para fazer um ajustamento definitivo nos Estados”.
Dilma falou que, como mineira, prefere resolver todos os “entraves” antes de realizar a solenidade de aliança e que a relação PT-PMDB é “meio nuvem, num dia o humor está de um jeito, noutro dia está de outro”. “No geral, tenho uma visão mais otimista, as tratativas estão avançando mais do que estão estagnadas”, completou.A pré-candidata fechou com PMDB, PDT, PC do B, PR e PRB. O PP tende a ficar neutro.
Enquanto as alianças em torno de Dilma já dão a ela 8min16s de propaganda eleitoral, o pré-candidato do PSDB, José Serra, ganhou ontem o apoio formal do PSC, o que lhe garantirá mais 18 segundos na propaganda em rádio e TV. Dilma havia convidado os dirigentes do PSC para uma conversa, mas o partido decidiu nem ouvi-la. Na saída do encontro com Temer, Dilma comentou que isso faz parte da democracia.
A Folha apurou que a legenda, que apoia o governo no Congresso, mudou de lado por avaliar que Dilma não controla o PT, diferentemente de Lula. “Tínhamos encontro marcado com Dilma, mas achamos que não era conveniente gastar o tempo dela”, disse Everaldo Pereira, presidente do PSC.”
(Folha Online)
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