Thursday, June 30, 2011

Mais de 50 licitações fraudulentas são contabilizadas em municípios envolvidos em esquema


Mais de 50 processos licitatórios fraudulentos foram contabilizados pela Polícia após a prisão de cinco acusados de participar do esquema envolvendo empresas fantasmas nos municípios de Santana do Acaraú, Tianguá e Ubajara. O número foi divulgado na tarde desta quarta-feira, 29, em coletiva. A Polícia e o Ministério Público informaram ainda que além das cinco pessoas que foram presas nesta terça, já estão identificados outros nomes que teriam participação no esquema. As identidades foram mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações.

Na Operação Caça Fantasma, já foram capturados o ex-prefeito de Tianguá, Gilberto Moita; Vitor de Castro Moita e Gilberto Moita Filho, filhos do ex-prefeito, além de Manuel Messias Rodrigues, Ronaldo Teixeira dos Santos e Jean Carlos Aguiar. A Polícia ainda está à procura de José Auricélio Vidal Júnior, presidente da comissão de licitação de Santana do Acaraú e irmão do secretário de Educação do município. Segundo o Ministério Público, caso ele não se entregue nos próximos dias, será montada uma operação de captura do foragido.

Interrogatório

Por volta da 15h30, a Polícia iniciou a série de interrogatórios com os acusados de participação no esquema. O primeiro a ser ouvido foi Jean Carlos, que era utilizado como laranja assinando as licitações como proprietário da JC Aguiar Locação e Evento.

O esquema

As investigações do Ministério Público apuraram a existência de duas empresas de transporte escolar fantasmas, com sede em Ubajara, que atuavam nas cidades de Santana do Acaraú, Itapipoca, Acopiara e Acaraú. Além das licitações envolvendo as empresas de transporte escolar, a Polícia e o Ministério Público informaram, nesta quarta, que as licitações fraudulentas envolvem outros setores da gestão pública.

Empresas

O POVO foi até as duas empresas “fantasmas” nesta manhã e constatou que em nenhum dos endereços funcionam, de fato, os serviços de locação de veículos. Mesmo com placas e telefones disponíveis, funcionários de pontos comerciais cirunvizinhos afirmam que nunca houve movimentação nas empresas, estando sempre de portas fechadas.

Fonte: O POVO Online

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