Ex-policial atirou contra turistas confundidos com suspeitos de assalto. Ação ocorreu em 2007, dois turistas ficaram feridos e um paraplégico.
Um ex-policial militar que atirou em turistas confundidos com suspeitos de assalto e deixou um deles paraplégico, em Fortaleza, foi condenado na noite desta quarta-feira (23) a 24 anos de reclusão, em regime fechado. A decisão da 2ª Vara do Juri do Fórum Clóvis Beviláqua foi proferida após quase 10 horas de julgamento, que terminou por volta das 18h. O policial ainda pode recorrer da decisão.
Segundo a assessoria do fórum, o resultado equivale a seis anos por cada tentativa de homicídio, uma vez que havia quatro pessoas no veículo atingido. Nos próximos dias 5 e 9 de dezembro vai haver o julgamento de outros quatro suspeitos de envolvimento no caso, também ex-policiais que estavam na viatura no momento do fato, ocorrido em setembro de 2007.
Todos respondem ao processo por tentativa de homicídio qualificado com outras pessoas envolvidas. A Justiça determinou que dois deles fossem a julgamento, mas recorreram da decisão. Outros dois suspeitos foram retirados do processo por ausência de indícios de autoria, mas o Ministério Público recorreu. O júri popular desta quarta-feira (23) foi presidido pelo magistrado Henrique Jorge Holanda Silveira, titular da 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. A acusação será representada pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e pelo assistente Leandro Duarte Vasques. A defesa será feita pelo defensor público Gelson Azevedo Rosa e pelo advogado Delano Cruz.
Entenda o caso
Segundo o Ministério Público, por volta das 21h de 26 de setembro de 2007, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete, quando foram alvejadas por disparos vindos de viaturas policiais que, naquele momento, faziam cerco no intuito de capturar acusados de roubar um caixa eletrônico. Innocenzo Brancati, que dirigia o carro, foi atingido no braço, e Marcelino Ruiz Campelo levou um tiro no ombro esquerdo. A bala se instalou na coluna e ele ficou paraplégico. Ainda segundo o Ministério Público, os disparos só cessaram quando a Denise Sales Campos Brancati resolveu sair do automóvel para demonstrar que não eram assaltantes.
G1
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